
Desde muito cedo que me sinto instigado em colaborar com instituições e projetos artísticos que combinem preocupações artísticas com questões educacionais e sociais. Assim, com vinte anos, integrei uma missão humanitária, que me levou a viver três anos no Vietname. Durante este tempo, tive oportunidade de conhecer e acompanhar comunidades locais, dando aulas de inglês e português. Ao longo desses três anos, pude criar laços de amizade alicerçados numa profunda troca cultural que me permitiu exercitar a empatia, a escuta e a atenção. Através desta experiência foi me possível conhecer e ver o "outro" (o diferente) na sua singularidade e além dos estereótipos criados.
Para mim, torna-se importante entender arte como um espaço privilegiado de diálogo e de criação coletiva que promova a inserção e participação social.
Assim, tenho procurado desenvolver projetos artísticos que me levem a explorar estas preocupações. Elas nascem da necessidade em reconhecer e entender a heterogeneidade das nossas cidades, assim como, da urgência de criar plataformas de diálogo com comunidades vulnerabilizadas, fazendo com que mais pessoas possam frequentar os teatros e os espaços culturais das nossas cidades.